Sobre idiomas, linguagens e dialetos

19 01 2011

Vivemos em um mundo altamente globalizado, e isso não é novidade pra ninguém. Empresas americanas contratam fabricantes chineses para fabricar componentes de produtos que serão montados e vendidos para o mundo todo. Grandes corporações possuem unidades em vários continentes e negociam com empresas de todo o mundo. Hoje em dia nada impede que uma empresa situada no meio da Amazônia contrate uma consultoria de negócios com sede em Dubai.

Mas, onde nós, profissionais de TI, ficamos no meio dessa salada de conexões globais?

Todo mundo conectado com todo mundo

Primeiro ponto: o que tornou a comunicação global tão ágil foi justamente o avanço tecnológico, seja ele de informática, telecomunicações ou até mesmo transportes. Então estamos diretamente ligados à globalização.

Dessa forma muitas vezes vamos atuar em empresas (de qualquer ramo) ou em projetos (de qualquer tipo) onde é necessário comunicar-se com unidades da empresa/cliente no exterior, com departamentos fora do país, etc, etc.

E pra isso temos alguns pontos chaves: idiomas, linguagens e dialetos.
Aí você me pergunta: como assim?

Tecnicamente falando, necessitamos de linguagens de programação, sejam elas de desenvolvimento (.NET, PHP, Java, etc) ou de banco de dados (SQL, Linq, Hibernate, etc). Com essas linguagens os sistemas podem ser integrados independentemente de onde as empresas/departamentos estão.

Através de Webservices, por exemplo, um cadastro realizado em um sistema na unidade da empresa localizada em Rio Branco, no Acre, irá impactar em um processo em um outro departamento da empresa, localizado em Los Angeles. E não é mágica, é tecnologia!

O diretor de TI não precisa ser assim

Falando em outro ponto, caimos na questão dos idiomas. Por mais que o nosso amigo Google Translator nos ajude em diversas situações, nem todas são solucionadas dessa forma. Por exemplo, se você estiver no telefone não dá pra consultar tradutor, você tem que entender e ser entendido, independente de ser em português, inglês, chinês ou tupi.

Chegamos em um estágio em que o Inglês Técnico não é mais o suficiente. Essa afirmação é muito forte, mas é a realidade, a não ser que você pense em trabalhar pro resto de sua vida em uma empresa que jamais atuará em nada que possa ter ligação com o exterior, o que penso que não é sua idéia, certo? Se essa é sua idéia, então o inglês que você sabe para ler apostilas e fóruns já serve. Se não, não serve. E se você não consegue nem ler uma apostila em inglês está na hora de se mexer.

Não podemos esquecer também que o Brasil a cada dia mais torna-se uma potência na economia mundial, e há bastante tempo é o líder absoluto no Mercosul. Dessa forma, falar espanhol também passa a ser interessante. E espanhol de verdade, não portunhol, porque fica ridículo usar o portunhol em uma reunião.

Mas Bruno, se os líderes somos nós porque ELES não aprendem português?

Muitos aprendem. Tem muita gente no mundo estudando português, mas para as empresas DAQUI se você falar espanhol fluentemente será um diferencial, pois você poderá atender um potencial cliente que quer seu serviço mas não fala português. E isso significa mais lucros.

E os dialetos?

Bom, isso é um caso a parte… vivemos em um mundo do Internetês, Miguchês e outras porcarias de dialetos que surgiram na Internet.

Qual é minha opinião sobre isso? Corram para as colinas!

Jamais, repito, JAMAIS escreva um e-mail ou converse com um cliente, gerente, diretor, coordenador, amigo, parente, namorada, enfim, JAMAIS utilize esses dialetos ridículos.

Ou você gostaria de ser chamado de “mEu MigUxxxO fUlaaNo”.

Ninguém merece.